Até domingo, e sob o tema da Desinformação como ferramenta de manipulação da opinião pública, contam-se mais de 20 filmes, entre os quais a estreia do novo documentário de Tiago Pereira, debates, concertos e performances, mas também o espectáculo de humor de Hugo van der Ding, a exposição de fotografia de Pauliana Valente Pimentel e o regresso presencial do Cara a Cara com os Deputados. No primeiro dia do festival, “Quo Vadis, Aida?”, de Jasmila Zbanic, é exibido na Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge.
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É já hoje que começa mais uma edição do Festival Política. No Cinema São Jorge, e com a Desinformação como tema central e a guerra na Europa como pano de fundo, este ano, o principal festival do país dedicado à cidadania e aos direitos humanos, com entrada gratuita e tradução para Língua Gestual Portuguesa, questiona a forma como “a desinformação pode pôr em causa a crença dos cidadãos nas instituições, como promove os populismos e as discriminações, e como pode afastar os cidadãos da participação na vida pública”, explica o co-director artístico Rui Oliveira Marques. Neste âmbito, a abertura do Política, hoje, às 17h30, dá-se com o debate “A desinformação entre duas comunidades: pessoas com deficiência e pessoas Surdas. Que mitos sociais têm de ser desconstruídos?”, para se discutir a falta de equidade no acesso à educação, cultura e vida em sociedade. Mais tarde, pelas 19h00, tem lugar a conversa “27 de maio em Angola: desinformação, auto-censura e silêncios”, que junta o músico Chalo Correia e membros da Associação 27 de Maio, com moderação do jornalista e antropólogo André Soares. Para o dia 22 de Abril, às 17h30, está prometido o debate “Como lidar com o crescimento da extrema-direita em Portugal?”. Com a curadoria da plataforma digital Setenta e Quatro, o foco desta mesa está em como as forças democráticas podem combater a desinformação, o discurso de ódio e esta (nova) extrema-direita no espaço político público. No cinema, durante este dia, destacam-se os documentários “My heart is there, my body is here”, de Pedro Cruz e João Doce, sobre a realidade dos refugiados em Portugal, e “A nossa bandeira jamais será vermelha”, de Pablo López Guelli, que aborda o papel dos jornalistas independentes na luta contra o embargo informativo imposto pelas famílias que dominam o sistema de informação no Brasil. Ainda no grande ecrã, mas no Sábado, dia 23, às 17h00, os filmes portugueses, “Bustagate”, de Welket Bungué, e “Alcindo”, de Miguel Dores, abordam dois casos trágicos e verídicos em que imperam o racismo, a violência e a desigualdade social em Portugal. Para o último dia, 24 de Abril, logo ao início da tarde, “O Teu Nome É”, de Paulo Patrício mostra um olhar sobre o caso de homicídio de Gisberta Salce Jr., confrontando diferentes perspectivas e dimensões da condição humana. De seguida, a curta “Ava Kuña, Aty Kuña; mulher indígena, mulher política”, de Julia Zulian, Fabiane Medina e Guilherme Sai, faz uma abordagem poética da resiliência política das mulheres indígenas brasileiras. Pouco depois, na Sessão Revolução e na véspera do 25 de Abril, “Rua do Prior 41”, de Lorenzo d’Amico de Carvalho, acompanha a ocupação de uma casa nessa rua de Lisboa que, após a Revolução dos Cravos, se torna a sede da Associação Revolucionária de Amizade Portugal-Itália e traz centenas de jovens do mundo inteiro para verem o “país mais livre da Europa”. Durante os 4 dias do Política, nos foyers do Cinema São Jorge, marcam presença as exposições “Quel Pedra”, da fotógrafa Pauliana Valente Pimentel, e “Reconstituição Portuguesa”, uma amostra ampliada do livro com o mesmo nome que simboliza um exercício de liberdade poética no ano em que se celebram 48 anos sobre o 25 de Abril. Os eventos do festival são de acesso gratuito e têm um compromisso com a inclusão – todas as sessões de cinema têm legendagem em português (incluindo os de língua portuguesa) e todas as actividades são acompanhadas por tradução em Língua Gestual Portuguesa. Em www.festivalpolitica.pt encontra-se a informação completa sobre a acessibilidade física do espaço. Depois da edição em Lisboa, o Festival Política sobe para Braga, onde acontece de 5 a 7 de Maio. O Festival Política é um conceito da Associação Isonomia e conta com a direcção artística de Bárbara Rosa e Rui Oliveira Marques. Com co-produção da EGEAC e da Produtores Associados, o Política tem o apoio institucional da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, Instituto Português do Desporto e Juventude, Parlamento Europeu – Gabinete em Portugal, Comissão Nacional de Eleições, Câmara Municipal de Braga, InvestBraga, a par das agências FCB e this is ground control. O festival decorre no Cinema São Jorge, de 21 a 24 de Abril (Lisboa), e no Centro de Juventude de Braga, de 5 a 7 de Maio (Braga). Toda a informação em www.festivalpolitica.pt
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PROGRAMAÇÃO FESTIVAL POLÍTICA 2022CINEMA SÃO JORGE
21 ABRIL (Quinta-feira)17h30 – Sala 2 18h30 – Sala 3 19h00 – Sala 2 21h30 – Sala Manoel de Oliveira
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22 ABRIL (Sexta-feira)17h30 – Sala 2 18h15 – Foyer / 1.º andar 18h30 – Sala 3 21h30 – Sala Manoel de Oliveira 22h00 – Sala 2 23h00 – Sala 3
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23 ABRIL (Sábado)15h30 – Sala Manoel de Oliveira 16h00 – Foyer 17h00 – Sala 3 18h00 – Sala Manoel de Oliveira 21h30 – Sala Manoel de Oliveira 23h15 – Sala 3
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24 ABRIL (Domingo)15h30 – Sala 3 16h30 – Sala 2 17h00 – Sala 3 17h30 – Sala Manoel de Oliveira 18h00 – Sala 2
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TODOS OS DIASFoyers
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