Primal Fear é um thriller clássico, com um toque moderno e original. Em Chicago, um arcebispo é brutalmente assassinado, o que leva ao choque do público e à atração dos mídia . Martin Vail, um advogado oportunista conhecido por não guardar remorsos, em busca de fama, oferece-se para defender o principal suspeito, Aaron Sampler, um adolescente pobre com problemas mentais.
No que toca ao caráter clássico, este filme apresenta-nos uma história cheia de avanços e recuos, com cenas no tribunal, que para além de realistas e cativantes, também conseguem envolver as relações dos personagens e os seus sentimentos de modo a aumentar a tensão e o estado de espírito do espectador em relação ao filme. A banda-sonora é fenomenal e corresponde ao tom e, na boa maneira clássica, antecede de forma brilhante os momentos de suspense. O toque moderno é conduzido essencialmente por Edward Norton, que entrega uma interpretação soberba, fazendo com que a dúvida seja um fator do início ao fim da narrativa. A forma como o conflito psicólogico do protagonista é incorporado na história também demonstra muita habilidade de escrita.
Esta longa-metragem também tem como objetivo fazer a audiência refletir sobre o elemento que está implícito no filme, quando um homem tem muitas máscaras arrisca-se a esquecer-se de qual é a verdadeira. Daí a minha menção de um toque moderno.
Em suma, Primal Fear é um thriller que pretende mexer com a audiência, não só de forma superficial mas também de maneira mais profunda e madura, o que o destaca de vários outros.
Classificação: 4 em 5 estrelas. Texto escrito por Francisco Empis.
