Com a sequela deste filme agendada para este ano, estava na altura de ver (sim, ver e não rever, uma grande falha da minha parte, mas que já a colmatei!) este filme do realizador Tim Burton, estreado no ano de 1988, e que rapidamente se tornou num fenómeno e um dos grandes sucessos da carreira cinematográfica de Burton. E ao ver o filme percebe-se logo porquê.
Tendo a achar cada vez mais que Tim Burton é uma espécie de Steven Spielberg mais fantasioso e macabro, no sentido em que ambos são excelentes contadores de histórias através dos seus filmes, mas enquanto Burton é mais macabro e ‘negro’ nas suas narrativas, Spielberg é mais aventuroso e virado para a ficção científica. Beetlejuice é um exemplo disso mesmo: uma história fantasiosa e macabra, com temáticas como a vida, morte e assombrações, contada de excelente forma e deixando sempre o espectador agarrado ao seu desenvolvimento. Um filme que consegue captar um público muito alargado e que se encaixa perfeitamente no estilo de grande filme hollywoodesco ou blockbuster que consegue atrair os mais jovens e alargar a sua imaginação. E apesar de existirem diversos realizadores e realizadoras capazes de executar grandes filmes com grandes receitas de bilheteira, são poucos aqueles que conseguem ter um cunho próprio e histórias que se destacam pelo seu valor narrativo e de produção, marcando uma grande diferença pela positiva.
Esta obra é, sem dúvida, um filme de culto que merece atenção em todos os seus departamentos e um filme imperdível. Por isso não façam como eu, e caso ainda não tenham visto Beetlejuice do que estão à espera? Até porque, como mencionei antes, vem aí a sequela este ano que também é realizada por Tim Burton e que traz parte do elenco original, o que por si só já me desperta a atenção.
Beetlejuice está actualmente disponível em streaming na HBO Max em Portugal.
Classificação: 4 em 5 estrelas. Texto escrito por André Marques.