A tão aguardada sequela do filme “Dune – Duna” chegou este ano aos cinemas, estando agora disponível em streaming na plataforma Max (antiga HBO Max) em todo o seu esplendor. O realizador Denis Villeneuve continua ao leme desta aventura épica, conseguindo a proeza de apresentar uma obra ainda mais grandiosa do que a primeira parte, não se deixando aquém do seu antecessor, muito pelo contrário.
Poderia até dizer que a saga ‘Dune’ está no caminho de se transformar na saga que marcará a filmografia de Villeneuve, na mesma lógica em que a saga ‘O Senhor dos Anéis’ marcou a carreira de Peter Jackson. E com este segundo filme parece que isto está mesmo a acontecer, uma vez que esta sequela consegue manter-se no mesmo nível que o primeiro filme, ganhando com o impulso da narrativa que não precisa de se prender com introduções de personagens ou de narrativas, conseguindo assim trazer uma maior dinâmica ao filme e às suas sequências, nunca tendo sentido que o filme esmorece ou se altera muito, fazendo assim com que o público esteja bastante envolvido no desenrolar da história. História essa que, por sua vez, também é muito apelativa e tem a habilidade de surpreender até os mais desprevenidos (isto numa perspectiva de quem não leu os livros ou conhece a história, como é o meu caso).
As componentes técnicas desta segunda parte continuam a ser absolutamente impressionantes, desde o guarda-roupa à banda sonora exímia de Hans Zimmer, passando pela excelente fotografia e direcção de arte, tornando este filme visualmente deslumbrante que merece ser visto no maior ecrã possível. E julgo que todas estas partes são aquilo que criam em conjunto o melhor destes filmes, em paralelo com as actuações, realização e argumento, mas onde outros componentes podem por vezes estar um pouco exagerados, o conjunto técnico mantém sempre o seu mais alto nível.
Recomendo vivamente este filme, para os fãs de ficção científica e não só, e sempre sem esquecer da primeira parte, para uma experiência ainda mais completa.
Classificação: 4 em 5 estrelas. Texto escrito por André Marques.