A sessão especial acontece a 1 de março, no Passos Manuel (Porto), e contará com a presença do realizador, Hugo Guerra. Serão ainda exibidas imagens inéditas da produção do “primeiro filme de ninjas português”.
“O Ninja das Caldas” criou-se com 8 contos e quinhentos (42,5 euros), e uma dose industrial de diversão criativa. Hugo Guerra, que na altura estudava Artes Plásticas nas Caldas da Rainha, juntou-se a um grupo de amigos da universidade e, coletivamente, decidiram fazer um filme do género que mais apreciavam: as artes marciais. Finalizado em 2000, o resultado correu pelos corredores da escola, da cidade e mais tarde de todo o país.
Uma cassete com o filme chegou aos olhos de Jorge Amaral, na altura produtor do programa “Cabaret da Coxa”, da SIC Radical. Hugo Guerra foi então convidado a ir ao programa apresentado por Rui Unas, fazendo-se acompanhar de toda a equipa envolvida no filme. O sucesso foi tal que, no dia seguinte, também Nuno Markl já comentava o achado e pouco tempo depois foi celebrado um acordo de exibição nesse mesmo canal. As exibições acabaram por ser múltiplas, tal era a procura pela obra numa era pré-internet de banda larga.
Hugo Guerra, que agora reside no Reino Unido, trabalha como realizador e supervisor de efeitos especiais, sendo também responsável pela realização de muitos anúncios, curtas-metragens e trailers cinemáticos de alguns videojogos bem conhecidos.
A 1 de março, pelas 22:00, o cineasta ruma até o Passos no Escuro, no cinema Passos Manuel (Porto), para apresentar o filme que iniciou um movimento criativo em Portugal. Com ele, traz imagens exclusivas dos bastidores desta produção icónica, numa sessão especial de aniversário que contará com um momento de perguntas do público.
“O Ninja das Caldas é arcaico, propositadamente inverosímil e ostensivamente mal feito…” (in Público)
O filme apresenta-nos uma história épica de guerreiros, lendas, romance e destino. É a luta de Evil Dragon e Toni Canelas pelo poder do Búzio Dourado! Com impressionantes e maravilhosas coreografias de luta, esta é uma aventura recheada de ação como nunca se viu antes e nunca se repetiu depois. Um marco do cinema DIY (Do It Yourself), que continua a ser um hilariante exercício de imaginação e engenho capaz de inspirar a criatividade mais insegura.