O Jovem Xamã, um filme da realizadora mongol Lkhagvadulam Purev-Ochir, estreia a 14 de Novembro nos cinemas. O filme é uma co-produção nacional e conta com Vasco Viana na Direção de Fotografia. A distribuição está a cargo da Cinetoscópio.
O Jovem Xamã fala-nos da história de Ze, um adolescente de 17 anos que se encontra dividido entre dois mundos: a sua experiência humana como adolescente, que inclui os seus estudos e primeiros amores, e a insólita responsabilidade de ser o líder espiritual – xamã – da sua comunidade.
Com o passado, o presente e o futuro da Mongólia juntos num filme, este acaba por retratar “a forma como vemos o mundo e como interagimos com espíritos ancestrais, com o futuro da cidade no horizonte”, notou a realizadora, que baseia o filme numa experiência pessoal. “Estava à espera, à porta do apartamento depois do ritual xamânico e chegou um rapaz jovem, mais novo do que eu — com os dois braços preenchidos com tatuagens — e ele pegou no telemóvel e começou a ver um vídeo.”, recorda Purev-Ochir. “Era o xamã! Nesse momento consegui visualizar, de forma imediata, as primeiras imagens do filme, a história de um xamã que, aos poucos, vai perdendo a sua própria máscara para revelar este jovem por detrás de um espírito ancião.”
O Jovem Xamã, primeira longa-metragem realizada por Lkhagvadulam Purev-Ochir é também a primeira longa-metragem mongol a fazer parte dos programas dos festivais de Veneza e Toronto. O filme é uma co-produção de 6 países, incluindo Portugal (co-produção de Uma Pedra no Sapato) e fez parte da seleção de mais de 20 festivais de renome internacional, incluindo o Festival de Veneza e de Toronto — e com uma passagem pelo IndieLisboa — tendo ainda ganho o prémio para melhor ator na secção Horizontes do Festival de Veneza.