Exhuma - Exumando o Passado do Imperialismo - 18ª edição MOTELX - Crítica de Jasmim Bettencourt - 5 estrelas

Exhuma – Exumando o Passado do Imperialismo – 18ª edição MOTELX

5 estrelas Críticas MotelX

Quando uma família multi-milionária sul-coreana começa a ser assombrada por uma entidade sobrenatural que ataca os primogénitos da família, uma equipa de especialistas do paranormal é contratada para reparar a ferida na sua linhagem. O que começa por ser uma missão de rotina de exumação de um corpo torna-se em algo muito maior e mais perturbador – a exumação do passado de um país fracturado pelo imperialismo.

De forma inteligente, Jang Jae-hyun utiliza o folclore coreano para construir um filme que conjura os fantasmas do passado de uma forma impactante. Mesmo sem conhecer a cultura coreana a fundo, é possível envolver-nos neste imaginário e entender o que está a ser comunicado sem ser preciso exposição. E, através de uma montagem brilhante, uma cinematografia sombria, e uma banda sonora estonteante, somos imersos numa viagem alucinante que se vai transformando e se revelando a cada cena de forma surpreendente.

Este é um filme que, como um rastilho que lentamente arde, vai se tornando cada vez mais perturbador à medida que o espectador entende a real natureza e mensagem política presente no seu enredo. Com interpretações brilhantes tanto do veterano Choi Min-sik como da novata Kim Go-eun, Exhuma é verdadeiramente dos melhores filmes que o MotelX ofereceu este ano.

Classificação: 5 em 5 estrelas. Texto escrito por Jasmim Bettencourt. O filme aqui abordado faz parte da programação da 18ª edição do MOTELX.

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